Plantas que nos inspiram: Ipomeia

Ipomoea purpurea

Plantas que nos inspiram: Ipomeia

A Ipomeia, Ipomoea purpurea (L.) Roth, também conhecida como Glória da Manhã e Corda-de-viola, é uma espécie do gênero Ipomoea, nativa do México e da América Central. Esse nome que designa muitas das 500-700 espécies de Ipomoea, se deve ao comportamento das suas flores abertas durante a noite ou na luz. A palavra grega “Ips” designa verme (σκουλήκι), “ipomoea” refere-se ao seu entrelaçamento. As ipomoeas já foram designadas como “Convolvulus” e essa espécie por Convolvulus pupurea por sua cor, somente no século XX recebeu seu nome atual “Glória da Manhã” (Morning Glory).

Como todas glórias-da-manhã a planta se enlaça ao redor de estruturas com seus galhos. Crescendo a uma altura de 2 a 3 metros. As folhas tem forma de coração e os galhos tem pêlos marrons. As flores são hemafroditas, com cinco pétalas, tem forma de trombeta, predominando o azul para púrpura ou branco, com 3 a 6 cm de diâmetro.

Cultivo e utilização

A Ipomoea purpúrea tem ampla utilização como espécie ornamental nas regiões temperadas e tropicais, uma gama de variedades e cores tem sido selecionadas com diversas hibridizações. Uma das utilizações medicinais dessa espécie são os preparados conhecidos como essências florais Como essência floral a Ipomeia existe em vários sistemas, como no Sistema Floral de Minas, com o nome de “Ipomea”, no Sistema Floral do Nordeste com o nome de “Água Azul”, no Sistema Florais da Califórnia com o nome de “Morning Glory”, no Sistema Florais das Araucárias com os nomes Corda-de-Viola (Ipomoea purpurea) e Sininho Vermelho (Ipomoea hederifolia).

O grande número de variedades e dificuldades de classificação por outro lado dificultam sua utilização que fundamenta-se inclusive em conhecimento étnico – tradicional da civilização asteca destruída pela colonização. Possivelmente correspondendo ou sendo similar a uma das plantas denominadas “Ololiuqui” cujas sementes triangulares tem histórico de uso como psicodélico; É possível que tanto estas assim como as sementes da Ipomoea tricolor (para alguns autores I. violacea contenham ergina. Os efeitos da ergina são relatados como quase idênticos ao do LSD. Há controvérsias ainda quanto a ser a Ipomoea corymbosa (L.) a planta considerada mágico-medicinal conhecida na cultura asteca como ololiuhqui. Para Shultes e Hofmann (2010) Ipomoea violacea é a planta utilizada como enteógeno nas áreas de descendentes dos Astecas (zapotecas e chatinos) em Oaxaca (México) onde é também conhecida por badoh negro, tlitlitzin além de ololiuhqui um nome que designa várias sementes.

Entre as ipomoeas a espécie com maior produção e cultivo talvez seja a a Ipomoea batatas em função do aproveitamento de seus tubérculos na alimentação. Entre outras espécies do gênero (Ipomoea) podem ainda ser citadas, por seu efeito farmacológico no sistema nervoso, a Ipomoea pes-caprae com efeitos analgésicos, antiinflamatórios e a jalapa ou batata de purga Ipomoea purga também com analgésica, antiinflamatórias além de depurativa laxante, purgativa.

Uso étnico

A palavra Nahuatl “ololiuhqui” se refire à semente, enquanto a O nome da planta (Turbina corymbosa) em geral é “coaxoxouhqui”, “cobra azul”. Existem várias menções de suas propriedades medicinais nos códigos de Florentino e Durán e na história natural de Francisco Hernández. A semente é aplicada como um remédio tópico para a gota. Além disso, moída junto com o “picietl” ou o tabaco, tem a “estranha virtude de desvanecer enjoos e se aplicada por meio de emplastro amortece as carnes” admiravelmente também“ alivia os ossos deslocados ou quebrados e a cintura relaxada das mulheres, fortalecendo-as. ” O restante da planta também é mencionado vários benefícios: a casca moída alivia doenças do estômago, coração oprimido e febre; a raiz funciona como um purgativo e a sementes moídas tem propriedades de produzir alterações perceptivas.

Composição bioquímica

Segundo Meira et al. foi isolada a partir Ipomoea purpurea (L.) Roth. uma glicoresina chamada ipopurpuroside, constituída da glicose, glicose , ramnose e 6-desoxi- D -glicose ligados glicosidicamente ao ácido ricinoleico. Outros glicoresinas chamadas marubajalapins I-XV, foram isolados a partir da fracção jalapina da parte de série (folhas e caules) de I. purpurea (Pharbitis purpurea). Das flores dessa espécie foram isolados e cianidinas e pelargonidinas Em estudo para a investigação de novos fontes de alcalóides ergolinicos dentro do gênero Ipomoea, a I. purpurea foi considerada uma espécies alcalóide-negativo, embora os relatórios anteriores indicaram a presença de alcalóides ergolinicos. Talvez porque I. purpurea é muitas vezes confundida com I. tricolor uma espécie alcalóide-positivo.

Fonte: Wikipedia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ipomoea_purpurea

Ipomeia no POWO
https://powo.science.kew.org/taxon/urn:lsid:ipni.org:names:30043043-2

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